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After Peter

Peter around the World... My life, my dreams, my favourite things

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Dia 2: O Círculo Dourado

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Golden Circle é um circuito turístico com cerca de 300 km de extensão, a partir da capital Reykjavík, que passa por três das mais emblemáticas atrações da Islândia: o Parque Nacional Thingvellir, a queda de água de Gullfoss e a área geotermal de Geysir.

Diariamente saem de Reykjavík inúmeras excursões organizadas e viajantes em carros alugados em direção ao Círculo Dourado, e este também foi o nosso destino para o segundo dia.

Na realidade não “fechámos” o círculo por completo porque em vez de regressar à capital iniciamos a nossa descida par o sul da ilha através da Ring Road (estrada do anel que dá a volta por completa ao país).

De manhã bem cedo e após o pequeno-almoço saímos do hotel na capital islandesa para nos dirigirmos ao Círculo dourado tendo como destino final a bela cidade de Vik no sul da Islândia. O dia foi riquíssimo em termos de paisagens, percorrendo algumas das mais emblemáticas cascatas da Islândia.

Ainda durante a nossa primeira parte do percurso fomos parando aqui e ali, para tirarmos umas fotos e apreciarmos a beleza deste país. Cascatas que rompiam dos penhascos, rios que navegavam por entre o cinzento das pedras, pequenas aldeias rurais que preparavam os terrenos para a agricultura sazonal, cavalos islandeses que pontapeavam o ar.

Parque Nacional Þingvellir

Chegámos ao fim de algum tempo ao Parque Nacional Þingvellir, este parque nacional detém uma série de falhas geológicas, incluindo o Vale de Almannagjá. Aqui, devido à localização das placas tectónicas, estamos a caminhar entre dois continentes. As placas não estão estáticas, e estão-se a afastar uma da outra a uma estimativa de cerca de 5 mm por ano.

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Para quem for amante de natureza e trekkings este será o lugar perfeito, e para os restantes como nós também.

Estacionámos o carro (atenção que as atrações naturais das Islândia são gratuitas na maioria mas os estacionamentos são pagos e são entre 750 a 1000 coroas islandesas, mais ou menos 7 euros) e caminhámos ao longo do Vale de Almannagjá, descemos até à Þingvallakirkjá (Thingvallakirkjá), uma das primeiras igrejas islandesas. Foi a primeira igreja erguida em território islandês, construída por iniciativa do rei noruego Olaf II, o Santo. Este, depois da cristianização do país no ano 1000, enviou à Islândia materiais e até um sino para ajudar na construção da Thingvallakirkja. No entanto, a que hoje em dia podemos visitar foi construído no ano 1859, já que a anterior não resistiu à passagem do tempo.

Um pouco mais à frente, seguindo um trilho muito fácil de percorrer, encontramos o rio Öxará, que nos levou até à cascata Öxarárfoss. A cascata tem cerca de 20 metros e é cercada por basalto escuro. Embora não seja das cascatas mais impressionantes da Islândia, o contraste da água com o basalto é inesquecível e além disso fomos brindados com um lindo arco-íris a percorrer toda a envolvência. A combinação da geologia única e da paisagem natural do Parque Nacional Þingvellir fazem dele um local realmente especial para amantes de natureza.

Ao atravessar Almannagjá, chama a atenção ver uma bandeira içada no meio de um monte de rochas. É exatamente aí, em Lögberg ("a rocha da lei"), onde se ergueu o primeiro parlamento islandês. Embora hoje não se conserve nada do edifício, é impressionante visitar o lugar que marcou o nascimento da nação islandesa.

Continuámos o nosso itinerário, e como a nossa viagem seria longa tentamos não desperdiçar um segundo mas aproveitar ao máximo todos os locais por onde íamos passando. Sendo que o destino principal que se seguiu está no nosso imaginário desde criança e que vimos milhares de imagens nos nossos livros escolares de ciências da natureza.

Geysir

Ao longo do vale Haukadalur, fica uma das áreas com maior atividade geotérmica em toda a Islândia, conhecida como Geysir pelo geiser homónimo. No entanto, esse grande geiser está inativo há algum tempo por causa de deslizamentos de terra internos em seus túneis e do arremesso de objetos e pedras por alguns visitantes. Desta forma, atualmente em Geysir o geiser que mais se destaca é o Strokkur, pois lança jatos de vapor e água a 90 graus a cada seis ou dez minutos, aproximadamente. O gêiser Strokkur encantou-nos com as suas erupções de até 30 metros de altura.

E a viagem continuou por mais uns bons quilómetros até à Cascata que mais nos impressionou devido à sua dimensão e caudal de água.

Gulfoss

Localizada no extremo leste do Círculo Dourado, Gullfoss é considerada como a cascata mais famosa da Islândia. Além de fazer parte dessa popular rota turística, Gullfoss conquistou turistas e islandeses pela força que ostenta as suas quedas de água e a impressionante paisagem que elas formam tanto no inverno quanto no verão. A Queda de água é composta por duas cascatas que transportam uma média de 109 metros cúbicos de água por segundo.

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A primeiro, na parte mais alta das cataratas, mede aproximadamente 11 metros. Depois de cair aqui, a água encontra outro salto ainda maior: a segunda cascata de Gullfoss mede 20 metros, ou seja: no total, ambas somam 31 metros de altura.

Traduzindo o nome literalmente significa "cascata de ouro", para a qual existem várias teorias e lendas. A primeira afirma que a origem do nome se deve à luz dourada que refletem as suas águas durante o pôr do sol. Por outro lado, outra hipótese afirma que é conhecida como "cascata de ouro" pelo arco-íris que se forma quando a luz do sol passa através das partículas de água que estão suspensas no ar em suas quedas de água. A terceira explicação possível, de caráter mais lendário, afirma que, há muitos anos, vivia na zona um agricultor chamado Gýgur, um homem que, ao longo dos anos, ganhou uma enorme quantidade de ouro. Gýgur, em vez de desfrutar da sua riqueza, preocupava-se constantemente com o que aconteceria com seu ouro quando ele morresse... Como não suportava a ideia de que alguém pudesse roubá-lo uma vez morto, ele colocou-o num baú e lançou-o nas profundezas da cascata.

Estará ainda escondido aqui o tesouro de Gýgur?  Nós não o encontrámos, mas encontrámos este tesoura paisagístico e natural sem palavras.

Pé no acelerador e rumo ao sul pelo Círculo dourado em direção ao próximo ponto de interesse, que apesar de não estra marcado na maioria dos roteiro, acho que é digno de ser visitado.

Catedral Skálholt

Skálholt é um monumento situado no sul do país, entre os rios Hvítá e Brúará. Foi a primeira sede episcopal da Islândia, fundada em 1056, até ser transferida para a capitalem 1796. Apesar de isolada no meio de montes e planícies, e apenas com uma pequena povoação perto a sua importância era enorme. Neste dia preparavam o sue interior para um concerto de 25 Abril (Dia Nacional de Primeiro Dia de Verão).

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A hora de almoço já tinha passado e íamos enganando a fome com uma bolacha ou um quadradinho de chocolate islandês. Até que surge uma pequena aldeia rural com uma estação de serviço. Parecia que estávamos um qualquer drive in dos EUA, mas aqui em vez de hambúrgueres o prato nacional ganhava peso Pylsa, que basicamente são cachorros quentes com cebola frita. Depois de nos degustarmos com este fast food islandês seguimos viagem até a um dos ex-libris do Circulo Dourado.

Kerid

Uma das principais características da geogrfaia da Islândia é a sua incessante atividade vulcânica, e Kerid é um excelente exemplo disso. A cratera, localizada em uma região vulcânica conhecida como Tjarnarhólar, foi formada há 6.500 anos, o que a torna uma paisagem vulcânica relativamente jovem. Graças a isso, a forma oval da cratera foi perfeitamente mantida e é um dos lugares mais fotogênicos do sudoeste da Islândia.

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É realmente surpreendente, tanto ao redor da cratera como ao descer, o intenso contraste de cores gerado pelo azul turquesa do lago e pela cor avermelhada da terra das suas paredes. Graças às trilhas adaptadas ao turismo, é possível descer ao lago da cratera Kerid, que atinge 14 metros de profundidade. No inverno, congela completamente, enquanto no verão derrete e parece o lugar perfeito para dar um mergulho único... Mas não é possível, pois é estritamente proibido tomar banho. Nós tivemos a sorte de apanhar o lago semi congelado e observar os dois pontos estados.

A nossa última paragem antes da cidade Vik, onde iremos pernoitar foi a pequena e engraçada cidade de Selfoss na parte sul, junto ao rio Ölfusá. Tem cerca de 6 512 habitantes, e pertence à Comuna de Árborg. Esta pequena paragem serviu para beber um café e preparar-nos para mais 130km.

Ao chegarmos a Vik, cidade do sul da Islândia, fomos diretos ao hotel para fazer o check in e deixar a bagagem. O hotel escolhido foi o Hotel Búrfell em Steig, Vík , uma quinta de cavalos e ovelhas situada no sopé de uma montanha a uns 10km’s de distância da cidade. Fomos simpaticamente recebidos pela família que gere o pequeno e confortável hotel.

Depois de conhecermos os cantos á casa, fomos até Vik para conhecer a cidade mas estávamos tão cansados e o vento forte e gélido era tanto que decidimos mudar os planos e ir jantar num dos melhores restaurantes da cidade: Smiðjan Brugghús. Apesar de caro (não nos esquecemos que estamos num dos países mais caros do mundo) foi delicioso.

No final da noite regressámos ao hotel.