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After Peter

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Os Deuses do Egito

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Religião do Antigo Egito

A religião dos egípcios, como era comum nesta época, era politeísta, pois acreditavam e prestavam culto a diversos deuses. A variedade de deuses era grande, existindo algumas divindades adoradas somente em uma cidade, enquanto outras poderiam ser muito populares e adoradas em todo o território egípcio.

A adoração aos deuses era um traço muito importante da religiosidade egípcia, e era comum que as pessoas fizessem suas preces em santuários. As orações poderiam ser por variados motivos, como pedidos pela manutenção da saúde, pela fertilidade, por prosperidade ou por algum esclarecimento.

Os egípcios acreditavam que os seus deuses controlavam todo o Universo bem como o destino das pessoas. A crença egípcia afirmava que os deuses cooperavam para garantir o bem-estar das pessoas e a harmonia do Universo. Acreditavam que a sua terra era abençoada pelosdeuses e que todas as suas riquezas haviam sido fornecidas por eles. Atribuíam aos deuses todo o conhecimento que possuíam e afirmavam que esse conhecimento civilizatório havia sido passado a eles por Osíris, deus que fora um faraó do Egito na crença local.

A crença dos egípcios em seus deuses passava por muitos aspetos e um dos pontos principais era a vida após a morte. Os egípcios preocupavam-se muito com a continuidade da sua vida após a morte terrena e procuravam agradar aos deuses a fim de garantirem a sua existência no além.

Os egípcios acreditavam que a mumificação era outra prática ensinada pelos deuses, bem como acreditavam que teriam suas ações em vida julgadas pelos deuses no Tribunal de Osíris. Esse tribunal decidia se a alma das pessoas seguiria para a vida eterna ou seria destruída por um monstro. No entanto, só as pessoas justas teriam direito à vida eterna.

 

Como surgiram os deuses do Egito?

A religião egípcia, como qualquer outra, possui os seus mitos de origem, isto é, mitos que narram o surgimento das coisas, como os deuses e o Universo. Um desses mitos falava do surgimento dos deuses egípcios, o que teve início quando o Universo era um vazio dominado pelo caos.

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No meio do Caos surgiu uma montanha que era habitada por um deus chamado . Deste, surgiram Shu, deusa da luz e Téfnis, deusa guerreira. Ambas abandonaram o pai e foram viver para a Terra.

Na Terra eles estabeleceram os princípios da vida, e a ausência deles entristecia o seu pai. Quando regressaram, Rá chorou de felicidade, e suas lágrimas deram origem aos seres humanos. Posteriormente, Shu e Téfnis tornaram amantes e tiveram dois filhos chamados Geb, Deus da Terra e Nut, deusa do Céu.

Geb e Nut também se tornaram amantes, mas esta relação não foi aprovada por Rá, que decidiu aprisionar Geb na terra e Nut, no céu. Nut estava grávida, e de sua gravidez nasceram cinco filhos: Osíris, deus da ressureição, Ísis, deusa da magia Set, deus da Destruição Néftis e Hórus, deus da Guerra.

 

Principais deuses do Egito e seus poderes

Como mencionado, a religião egípcia era formada por diversos deuses, uns mais importantes que outros. Alguns deles eram adorados em apenas uma cidade, mas, de toda forma, eram importantes. Aqui está uma lista dos principais deuses que formavam o panteão egípcio.

É o deus do Sol do antigo Egito. O seu principal culto era na cidade de Heliópolis, onde era identificado com o deus solar local, Atum. Rá geralmente é representado por um falcão com um disco solar na cabeça e a serpente.

Amom

É o deus supremo do antigo Egito durante o novo reino. Era o deus principal da cidade de Tebas (atual Luxor) e constituía a tríade de Tebas com sua esposa Mut e seu filho Khonsu. Amom era representado de várias formas, como homem com cabeça de animal ou apenas homem .

Nut

É a Deusa que representava o céu. Era representada em forma de uma mulher em arco com o corpo todo estrelado formando o céu celeste e seu irmão GEB, deus da terra era mostrado na parte inferior ao seu corpo, simbolizando ambos o céu e a terra. No meio dos dois estavam seu pai Shu, o Deus do ar, que nas representações separa ambos os irmãos.

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Osíris

É o deus dos mortos. Ele foi um dos deuses egípcios mais populares do Antigo Egito e seu culto remonta às épocas remotas da história egípcia. Nos textos das pirâmides ele é o filho do deus da terra Geb e sua mãe é a deusa do céu Nut. Ele presidia ao julgamento dos mortos, onde a pesagem do coração do morto era feita contra o peso da pena da deusa Maat. Em toda a história do antigo Egito, diversos templos foram dedicados a Osíris o que mostra o tamanho de sua popularidade.

Ísis

É a deusa da magia, da maternidade e da fertilidade, que se manifesta como mãe e esposa ideais. Para os egípcios, Ísis tinha uma grande magia que poderia influenciar o céu a terra e o submundo. As origens do seu culto são incertas, mas alguns estudiosos acreditam que ela possa ter se originado no delta do Nilo. Os primeiros textos referentes a Ísis são da V dinastia egípcia.

Hórus

É o deus Falcão, senhor do céu e símbolo da realeza egípcia. Ele é um dos deuses mais importantes do panteão egípcio. Geralmente é representado tanto como um falcão ou como um homem com cabeça de falcão.

Anúbis

É o deus da mumificação e guardião das necrópoles. Na mitologia egípcia, Anúbis foi quem embalsamou o deus Osíris (que aparece mumificado em suas representações). A sua principal função era de preparar a múmia para a viagem ao submundo. Um dos deuses mais antigos do panteão egípcio e geralmente representado com cabeça de chacal ou cachorro. Sua primeira aparição remonta aos textos das pirâmides, onde era o deus supremo dos mortos, com o passar dos tempos essa função foi cedida a Osíris.

Bastet

É a deusa Gato adorada por todos no antigo Egito. No início era vista como a deusa-leão já que representações mostravam-na com cabeça de leão. Ela aparece nos textos das pirâmides do faraó Unas como sendo a protetora do soberano. Bastet era vista como a senhora do Oriente e Sekhmet (a deusa leão) era vista como a senhora do Ocidente. Geralmente é representada como uma mulher com a cabeça de um gato segurando um Sistrum (instrumento musical) e um Égide (espécie de escudo protetor) ou apenas em forma de um gato.

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Breve Resumo da História do Egito

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Quem me conhece sabe que antes de viajar para um país desconhecido gosto de perder tempo e ganhar um pouco de sabedoria. Talvez seja por isso que ao chegar a qualquer destino conheça um pouco da história, costumes e tradições.

E a próxima viagem está a aproximar-se, por isso nada melhor do que ler, quer sobre a história do país quer sobre os seus costumes, hábitos, gastronomia, pois desta forma iremos perceber melhor o povo que vamos encontrar, as cidades, monumentos e paisagens que vamos ver.

A minha professora de História de 11º e 12º sempre disse um povo é a cultura e os factos históricos que a influenciaram.

A História do Egito é sem dúvida a maior e mais bem documentada de todo o mundo. Por isso a informação é muito, por vezes dúbia ou ainda em construção e constante mutação face às muitas análises divergentes por parte dos historiadores e arqueólogos.

O Início

Os primeiros habitantes do Egito estabeleceram-se às margens do Nilo fugindo do deserto. Esses primeiros indígenas, isolados e sem inimigos próximos, eram governados por seres “divinos” que foram seguidos por dinastias semi-heróicas: “os descendentes de Hórus”.

Estes ex-nómadas tribais protegeram-se contra as secas e o calor africano junto do vale do Nilo, aí sediaram as suas aldeias e começaram a cultivar as terras férteis, a dedicarem-se à pecuária e á pesca. Esses habitantes organizaram-se em províncias, chamadas Nomos, eram governados por reis e dois imperadores (um a norte e outro a sul).

O Baixo Egito (ao norte de Mênfis) era formado por 20 Nomos e as suas cidades mais importantes eram Buto nas Terras do Deus Andjety e Saís nas Terras do Escudo Norte. Todas os nomos tinham um faraó próprio, os seus reis usavam uma coroa vermelha e comprida e sua divindade era a Cobra ou Serpente.

O Alto Egito, com 22 províncias, tinha Heracleopolis nas Terras da Arvore Superior e Tebas nas Terras do Cetro como cidades principais. Também tinha um faraó próprio, a coroa dos seus reis era branca e a sua deusa tinha a forma de um abutre.

Em torno do ano 3100 A.C., o imperador Menés, do Alto Egito, invadiu o Baixo Egito e unificou os dois reinos. Menés converteu-se no primeiro soberano da I dinastia e foi qualificado como “unificador de ambos os países”. Com ele, inicia-se um novo período histórico e a primeira das trinta dinastias que governariam o Egito até sua conquista pelo rei persa Artaxerxes.

A história das dinastias egípcias dividiu-se em quatro grandes períodos bastante conhecidos: Época Tinita, Império Antigo, Império Médio e Império Novo.

Época Tinita - Período Arcaico

Compreende as duas primeiras dinastias e abarca do ano 3.100 ao 2.650 AC. A primeira dinastia começa com a unificação do Egito pelo rei Menés ou Narmer. Formava-se, assim, um reino que ia da primeira catarata em Assuão até ao Delta do Nilo.

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Os documentos históricos que nos chegam desta época são escassos, reduzindo-se a alguns monumentos e alguns objetos que ostentam o nome dos governantes. A chamada "paleta de Narmer" é, sem dúvida, destes objetos, o mais importante e mais discutido. Uma das razões para esta falta de documentação deve-se ao facto de escrita estar, então, em desenvolvimento, não existindo na forma acabada dos hieróglifos que conhecemos hoje.

Grandes túmulos reais em Abidos, Nacada e Sacará, juntamente com os cemitérios em Helouan, perto de Mênfis, revelam estruturas construídas em grande parte de madeira e tijolo de adobe. A pedra era, parcamente, utilizada no revestimento de paredes e do chão. A pedra era aplicada essencialmente na manufatura de ornamentos, recipientes e estátuas.

Os Imperadores da 1ª dinastia foram: Narmer (3200-3049AC), Atótis, Quenquenés (3049-3008AC), Uenefés (3008-2975AC), Merneite, Udimu (2978-2935AC), Enezibe (2935-2925AC), Semempsés (2925-2916AC), Bienequés (2916-2890AC). A 2ª Dinastia foi chefiada por mais 8 faraós como Boco, Queco, Binótris, Setenés, entre outros.

Império Antigo – Era Dourada

O Período Antigo do Egito vai do ano 2.635 ao 2.155 a.C. Esse período, conhecido como a “era das pirâmides”, abarca da III à VI dinastia. Foi neste período que o Egito viveu uma época dourada, sem guerras, onde todos trabalhavam para satisfazer o faraó.

Nessa época, construiu-se o complexo funerário de Mênfis, em Saqqara, com a famosa pirâmide de degraus. Posteriormente, construíram-se as 3 grandes Pirâmides de Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Também foi construída a pirâmide de Saqqara, por ordem do rei Unas.

Neste período dinástico o Egito foi governado por cerca de 30 faraós. Alguns imperadores destas 4 dinastias que merecem destaquem são: Zanakht (2649-2630AC), Khaba (2605-2599AC), Huni (2599-2575AC), Khafre (2520-2494AC), Menkaure (2490-2472AC), Sahure (2458-2446AC), Neferefre (2431-2420AC), Teti (2323-2291AC), Merenre I (2255-2246AC).

Primeiro Período Intermédio

Durante a VI dinastia, o poder dos faraós diminuiu e a unidade do país começou a desaparecer. Até a X dinastia e durante mais de cem anos, houve dezenas de faraós que não souberam conduzir o país. Durante as dinastias IX e X, a capital do Egito foi Ihnasia.

Império Médio

O Império Médio desenvolveu-se entre os anos 2061 e 1785 AC e abarca as dinastias XI e XII. O início do período é marcado pela colocação de Tebas como capital do Egito. Durante esta época, o Egito estendeu as suas fronteiras, conquistando parte da Núbia.

Destacamos nesta dinastia os faraós Mentuhotep II (2030-200AC), Amenemhat I (1981-1952AC), Amenemhat II (1919-1985AC), Senwosret III (1878-1840AC), Amenemhat III (1859-1813AC).

Primeiro Período Intermédio

Posteriormente, ao não resistir aos ataques dos hicsos, cederam-lhes as terras. Os hicsos, vindos da Ásia, tornaram Avaris a capital do Egito durante quatro dinastias e governaram o império entre as dinastias XIII e XVII.

Império Novo

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Compreendido entre os anos 1551 e 1080 a.C., o Império Novo engloba as dinastias XVIII a XX.

A XVIII dinastia começa com a expulsão dos hicsos em direção a Kadesh pelo rei Ahmosis, Tebas volta a ser a capital do Egito. Os faraós mais importantes do período foram Tutmósis III (o Napoleão do Oriente), Amen-hotep III e Ramsés II.

Durante o reinado de Ramsés II, o Egito conquistou a Núbia e construiu os templos de Abu Simbel. Ramsés II viveu quase 100 anos e teve mais de 180 filhos. Com a sua morte, sucessivos Ramsés foram deteriorando o Egito e perdendo a grandeza anteriormente conquistada.

Dinastias posteriores

Do ano 1080 a 332 AC, sucederam-se as dinastias de XXI a XXVI. Nessa época, o país fragmentou-se e a capital mudou para Tânis e depois para Bubástis.

Dinastia Persa

No ano 525 AC, o Egito foi invadido pelos persas e ficou sob o domínio até a conquista do território por Alexandre Magno. Neste Período, diversos faraós subiram ao poder todos eles persas.

Período Helénico

O período Helénico começa com a expulsão dos persas por Alexandre Magno. Esse período durou quase quatrocentos anos, de 332 a 30AC. Alexandre Magno fundou a cidade de Alexandria, que foi a capital do Egito durante vários séculos. Após sua morte, Ptolomeu tomou o poder no Egito e converteu Alexandria em um grande porto comercial, dominando as rotas do mar Egeu e Mediterrâneo.

Durante o reinado dos ptolomeus, construíram-se os templos de Esna, Edfu e Kom Ombo. O Egito voltou a recuperar o seu posto como reino influente.

Período Romano

O período Helénico terminou com a derrota na batalha naval de Accio. Governava a última representante da dinastia ptolomaica, Cleópatra VII, amante de Júlio César e Marco Antônio.

O período romano começou no ano 30 sob o mandato de Augusto e continuou com os seus sucessores. No ano 66, durante o reinado de Cláudio, morreram quase 300.000 judeus na Alexandria. Esses judeus haviam começado a difundir o cristianismo, religião que foi muito bem acolhida no Egito. No século III DC, a maioria da população já era cristã e, em 313DC, essa foi estabelecida como a religião mais importante do império, com a publicação do Édito de Milão.

O período romano foi até ao ano 395, já que, com a morte de Teodósio, o Império Romano dividiu-se em dois.

Após a queda do Império Romano, o Egito passou a depender do Império Bizantino durante uma etapa da sua história até a chegada do Islão, em 641.

Período Islâmico

Entre os anos 641 e 1517, o Egito teve diferentes governos. Primeiro foram os árabes, depois a dinastia dos fatímidas, seguidos pelo curdo Saladino, e, por último, a dinastia dos mamelucos, antigos escravos do exército de Saladino.

De 1517 a 1805, o Egito dependeu do império otomano. Converteu-se em uma província que devia enviar a Constantinopla 600.000 piastras anuais. Isso fez com que o Egito ficasse sem recursos para lutar contra os ataques dos beduínos e das milícias insubordinadas.

Em 1798, os exércitos napoleônicos conquistaram o Egito. Após um período de instabilidade entre europeus, turcos e mamelucos, o Egito conquistou a independência em 1805.

Egito moderno

Em 1805, o primeiro sultão independente, Mohamed Ali, acabou com os mamelucos, desfez-se dos mercenários albaneses que lhe haviam ajudado e rodeou-se de fiéis treinados pelos franceses. A Grã-Bretanha colocou a sua potência contra o Egito e fez com que ele perdesse as terras da Síria. O Egito viveu uma época entre influências ocidentais e turcas.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Egito foi base de operações dos ingleses. O rei Faruq foi reticente em apoiá-los porque boa parte da população nutria mais simpatia pela Alemanha.

A história recente do Egito caracterizou-se pelos enfrentamentos com Israel, a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e a Guerra do Yom Kippur, em 1973. O Egito assinou os Tratados de Paz de Camp Davis, em 1978, mesmo com a posição contrária dos demais países árabes, com os quais restabeleceria relações apenas com a cúpula de Amã, em 1987.

Em 1981, o presidente Anuar Sadat foi assassinado por militares muçulmanos contrários ao acordo de paz com Israel. Quem o sucedeu foi o vice-presidente, Hosni Mubarak, que ficou no poder até 2011 e que demonstrou um grande talento para compaginar os interesses egípcios com os novos tempos. Mubarak conseguiu mitigar o fundamentalismo interno e buscou estabelecer a paz na zona sendo mediador entre israelenses e palestinos. Reeleito quatro vezes, renunciou à presidência, após quase trinta anos no poder, por causa dos grandes protestos populares que aconteceram durante a Primavera Árabe. No entanto, quando Mubarak estava no poder, o Egito se converteu em um país bastante seguro para o turismo. 

Em 2014, o ex-ministro da Defesa Abdel Fattah Al-Sisi venceu as eleições. Continua como presidentes do país até aos dias de hoje, desenvolvendo o país, ultrapassando a crise turística com o Covid 19 e agora intermediário das negociações com o conflito na faixa de gaza.