Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

After Peter

Peter around the World... My life, my dreams, my favourite things

After Peter

Peter around the World... My life, my dreams, my favourite things

Dia 4: Mais um dia de Aventura     

Screenshot_20240507_153239_Canva.jpg

Este dia será o inicio do Regresso pela estrada sul da ilha (nacional 1). Sairemos de Hofn e percorremos a mesma estrada do dia anterior parando em locais pelo caminho mas focando as nossas atividades também na cidade de Vik e nas suas redondezas.

A quem está a planear um circuito destes pela Islândia tem sempre que ter em atenção a época do ano em que vai, as condições climatéricas espectáveis, o limite de velocidade máximo de 90km’s ou 70km’s fora das localidades, o que faz com que as viagens sejam calmas. Depois tem de ter em atenção o numero de dias que poderá despender para esta viagem. A Islândia é uma ilha enorme e para dar a volta completa à mesma seria preciso mais dias, como fomos em Abril e ainda poderíamos apanhar neve e gelo na estada decidimo-nos focar pelo sul e este da ilha. Nesse sentido percorremos de Reykjavik até Hofn e vice-versa.

As nossa primeiras paragens foram nos locais que ontem não viistámos, começando pela Praia dos Diamantes e pela Lagoa Glaciar.

 

Lagoa Glaciar Jokursarlon

Jökulsárlón é a lagoa glacial mais famosa e também a maior da Islândia, com uma área de aproximadamente 20 quilômetros quadrados e mais de 200 metros de profundidade. Além de seu tamanho, esta lagoa é um destino essencial em qualquer rota pela Islândia devido ao grande número de icebergs que flutuam em suas águas. Além disso, bem como em outros lugares da Islândia, como Ytri Tunga ou Hvitanes, também é possível ver focas em Jökulsárlón se tiver sorte e prestar atenção suficiente, nós tentamos mas elas tentaram em não aparecer.

diamnates.jpg

Praia dos Diamantes

Ao lado da lagoa glacial de Jökulsárlón, do outro lado da Estrada Nacional 1, fica a Diamond Beach (Praia de Diamantes). O seu nome é muito representativo, pois nesta praia é possível ver icebergs flutuando no rio Jökulsá, o mais curto da Islândia, até chegar ao mar. Quando a maré está baixa, os icebergs ficam presos na costa, possibilitando caminhar entre esses gigantescos diamantes de gelo. É um local muito bonito e mágico.

 

Svartifoss

A Svartifoss (literalmente "Cascata Negra") é uma cascata em Skaftafell no Parque Nacional Vatnajökull, na Islândia, e é um dos pontos turísticos mais populares do parque. A cascata é cercada por escuras colunas de rochas magmáticas, que deram origem ao seu nome. Outras formações colunares bem conhecidas são vistas na Calçada dos Gigantes na Irlanda do Norte, e na Torre do Diabo em Wyoming, Estados Unidos e na ilha de Staffa na Escócia. Existem também formações semelhantes em toda a Islândia, incluindo uma pequena caverna na praia de Reynisdrangar.

A maioria dos locais que visitámos é bem acessível de carro ou com um pequeno trajeto a pé. Esta cascata é um pouco diferente, para chegarmos a ela temos de fazer um trilho pelos montes em cerca de 3km (6 se contarmos o regresso), mas não desistas porque vai valer a pena e além disso consegues ver paisagens espetaculares.

cascata.jpg

Ao longo do caminho e nos muitos quilómetros parámos numa estação de serviço que o Nelson, um português que era o chefe de cozinha do hotel em Hofn, nos aconselhou porque o café que aí serviam era espetacular. E não é que o Nelson tinha razão.

 

A viagem continuou até chegarmos a mais um drive in onde almoçamos - N1 Skaftárskáli og Gvendarhorn/ Verslun – um pequeno restaurante com bomba de gasolina e com diversos pratos rápidos de sandes, hambúrgueres e claro as pylsas (cahorros quentes islandeses). Depois de almoço continuamos viagem até um dos locais mais agrestes e mais bonitos que vi.

 

Dyrholaey

Dyrhólaey, anteriormente conhecido pelos marinheiros como Cabo Portland, é um promontório localizado na costa sul da Islândia, não muito longe da aldeia de Vík. Antigamente era uma ilha de origem vulcânica, também conhecida pela palavra islandesa eyja, que significa ilha. Agora está ligada por um istmo e conseguimos subir de carro até ao topo de onde se vislumbra paisagens magnificas. É aqui também que podes visitar o Farol Dyrhólaey. Comparo estas escarpas agrestes sobre o mar e sobre as praias como a falésia Cliff’s of moher na Irlanda.

E como o que se tem de descer, iniciamos a descida ingreme deste promontório até chegarmos à conhecida Praia Negra.

 

Praia de Reynisfjara

Reynisfjara é uma bela praia de areia preta localizada perto de Vík, na costa sul da Islândia. Tenha cuidado: é um dos locais mais perigosos do país. Ao chegamos visualizamos logo um semáforo (aqui em vez de bandeiras) com a luz laranja ligada e indicando até onde poderemos andar na praia. As bandeiras em Portugal alertam para o estado do ar e se poderemos ou não entrar na água. Aqui, o mar é sempre tão bravo que o semáforo indica se podemos ou não entrar na areia.

praia.jpg

 

Depois da Praia decidimos ir apanhar o avião. Estou a brincar! Continuamos viagem até ver os destroços de uma avião despenhado por estas bandas.

 

Sólheimasandur Plane Wreck

As carcaças com cauda e asas perdidas pontilhadas com buracos, e cobertas com areia de vento representam uma espécie de cena pós-apocalíptica e atraem viajantes e fotógrafos curiosos. O acidente ocorreu em Novembro de 1973. O avião da Marinha dos Estados Unidos DC fez uma aterragem de emergência na Praia Sólheimasandur, no sul da Islândia. A tripulação sobreviveu milagrosamente, mas a fuselagem torcida estava condenada a ser abandonada. O próprio acidente é até certo ponto um mistério. No início, foi relatado que o avião ficou sem combustível, mais tarde foi anunciado que foi o piloto que torceu para o tanque de combustível errado. O naufrágio está localizado perto da aldeia mais meridional de Vik, no caminho para a cascata de Skógafoss (que visitaremos amanhã). Há algum tempo, podia-se chegar lá de carro, mas os proprietários locais proibiram o acesso e agora tem se pagar entrada com direito a shutle ou a pé através de um deserto de areia negra aparentemente interminável por 4 km

 

No final do dia voltamos a Vik para conhecer melhor a cidade de onde destacamos o Museu da Lava e a sua igreja

Ficamos maravilhosamente bem instalados no hotel Vik í Mýrdal, um hotel de cidade para contrastar com os hotéis rurais por onde temos pernoitado. Ao jantar decidimos ir até ao Black Crust Pizza, uma pizaria conhecida como as únicas pizzas com massa pretas (tal como a Praia vizinha)

 

E no dia seguinte, vai haver tanto mais…

Dia 3: Expedição pelos Glaciares

Screenshot_20240507_142958_Canva.jpg

Acordámos de madrugada estava o sol já alto mas o relógio apontava para as 06H00, rapidamente nos preparamos para mais este dia de aventura, fomos até à cozinha do Hotel Búrfell e já nos esperava 2 sacos com uma merenda de pequeno-almoço (cortesia deste alojamento) para partirmos em direção a este.

A viagem esperava-se ser  calma e tranquila como tinha acontecido até então mas longa, seriam 80 km para a nossa primeira paragem e mais 125km para o nosso primeiro contato com os glaciares da Islândia.

caminho.jpg

Kirkjubajarkçaustur

Uma pequena aldeia de 200 habitantes sediada no meio de planícies cinzentas de chão forrada  apedra vulcânica e que nos transporta quase para um deserto lunar foi a primeira paragem que serviu para bebermos um café no único estabelecimento que se encontrava aberto aquela hora.

Rapidamente nos pusemos a caminho, são quilómetros e quilómetros de retas infindáveis, a desbravar a planície lunar, ao fundo as gigantes cascatas que caiem dos penhascos abruptos fazem-nos sentir pequenos insectos, e o vento gélido informa-nos que estamos a aproximar-nos dos glaciares.

 

 

Lagoa Glaciar Fjallsárlon

Fjallsárlón é um lago glaciar do sistema glaciar de Vatnajökull. Situado no Sul da Islândia, não é visível da Estrada Nacional 1, o o torna menos turístico, pois as pessoas correm para o famoso Jökulsárlón. Será que vale a pena visitar a lagoa de Fjallsarlon?

Na minha opinião, absolutamente sim. Penso que uma paragem aqui vale mesmo a pena, pois está mais perto do glaciar, com montanhas de fundo interessantes e rodeado por muito menos turistas. Pode desfrutar de um momento de tranquilidade. Respira paz e tranquilidade.
Dependendo d altura do ano poderá ver este lago completamente congelado ou o lago descongelado com inúmeros icebergs. 

barco.jpg

Ao viajarmos nesta época do ano correríamos o risco de não conseguirmos navegar nestas águas, mas se atrasássemos a viagem, era certo que não conseguiríamos visitar as grutas de gelo. A nossa esperança concretizou-se e conseguimos fazer ambas as atividades.

Nesta lagoa, opera a companhia iceland adventure tours, efetuamos a marcação da navegação com poucos dias de antecedência, mas dependendo da época que viajar aconselho a marcar atempadamente. A empresa rapidamente nos demonstrou as normas de segurança, vestimos cascos térmicos e insufláveis (em caso de necessidade) e dirigimo-nos por entre cascalho e pedregulhos até às margens do lago. Ali, subimos ao pequeno bote e entrámos lagoa adentro, ainda a “estilhaçar” o fino gelo que cobria partes da lagoa . Foi daquelas experiências maravilhosas que nunca irei esquecer.

 

Continuamos viagem até à próxima paragem sem tempo para almoçar que o tempo é curto, bastou-nos umas bolachas e uma maça para enganar a fome e seguimos até uma quinta a cerca de 30 quilometros de distancia para iniciarmos a nossa expedição pelo glaciar.

 

Glaciar Vatnajokull

Com mais de 8.000 quilómetros quadrados de superfície, Vatnajökull ocupa quase 10% do território islandês. Além disso, é considerado o terceiro maior glaciar do mundo e o segundo da Europa. Infelizmente, à semelhança de o que ocorre com os glaciares de Langjökull ou Snaefellsjökull, o Vatnajökull está a retrair-se vários metros ano após ano, por culpa do aumento da temperatura na Islândia.

De forma a tentar explicar melhor a configuração deste glaciar, imagine uma mão em que a palma da mão é o glaciar principal, e depois temos os dedos, que são extensões do glaciar. Neste caso temos por exemplo Fjallsjökull, que visitamos na lagoa, Hrútármjökull, ou Breiðamerkursandur que visitaremos.

gruta 1.jpg

Glaciar Breiðamerkursandur

A nossa aventura pela Cave de Gelo deste glaciar foi organizada através da empresa Glacier Adventure, iniciamos então a expedição num jipe gigante específico para estes caminhos agrestes. Estacionamos ainda no “deserto lunar”, colocamos capacetes de proteção, espigões nas botas e lá entramos no glaciar. O frio é grande, mas a imensidão do gelo, as paisagens circundantes, o som do estilhaçar de gelo quando pisamos deslocam-nos para filmes e cenários imaginários.

No meio daquela gigante área salienta-se um pequeno buraco. Ao aproximar-nos vemos uma escada de gelo, e começamos a entrar.

A viagem pelo submundo gélido é impressionante e ao mesmo tempo um pouco assustador (não aconselhável a claustrofóbicos), estamos ali a metros de profundidade debaixo de camadas de que refletem a luz solar nos mais diversos tons, com o rio do degelo a passarmos por cima das botas, com a respiração ofegante mas num mundo tão diferente que não é o nosso. Sentamo-nos numa pedra mesmo no fim da gruta, apenas ouvimos o som da água a passar, as nossas botas molhadas pelo riacho, a cabeça que toca no gelo do teto. Que experiência única que vivemos!

 

Tínhamos mais uns locais no nosso roteiro para conhecer, mas como já eram quatro horas da tarde e ainda com fome decidimos ir até ao destino final do dia de hoje, já que amanhã iremos iniciar a viagem de regresso e voltaríamos a passar por aquelas terras.

gruta gelo.jpg

 

Hofn

É uma cidade e município da Islândia, localizada na região de Austurland, no leste da ilha. Sua população em 2009 era de 2.200 habitantes. Esta cidade vive maioritariamente da pesca e isso é bem visível nos gigantes barcos de pesca que embelezam o porto.

Além do porto, temos o centro da cidade muito bonito com casinhas de madeira e coloridas, e temos ainda a parte sul da cidade com o seu parque costeiro – reserva natural de Lónsorraefi.

Tem ainda diversos museus que pode descobrir, destacamos o museu do Glaciar (para saber um pouco mais da formação geológica deste espaço), o museu de Arte Hornafjörður para ver uma coleção de obras de Svavar Guðnason, artista local de Höfn.

hofn.jpg

 

Como o dia foi apenas de passeio e aventura decidimos ir jantar mais cedo e aproveitar para conhecer a gastronomia local islandesa, esquecendo os preços e entrando no restaurante mais bonito, confortável e com uma ementa mais tradicional: bacalhau fresco, cavalo e lagosta – Restaurante Pakkhus – um edifício histórico situado na baia de Hofn.

 

No final do dia chegámos ao nosso alojamento Árnanes Country Hotel que ficava na entrada da cidade e situado num pequeno planalto, composto por pequenas casinhas d emadeira e da janela do nosso quarto uma vista deslumbrante pelas planícies agrícolas pontuada com cavalos islandeses.

Dia 2: O Círculo Dourado

Screenshot_20240503_150503_Canva.jpg

Golden Circle é um circuito turístico com cerca de 300 km de extensão, a partir da capital Reykjavík, que passa por três das mais emblemáticas atrações da Islândia: o Parque Nacional Thingvellir, a queda de água de Gullfoss e a área geotermal de Geysir.

Diariamente saem de Reykjavík inúmeras excursões organizadas e viajantes em carros alugados em direção ao Círculo Dourado, e este também foi o nosso destino para o segundo dia.

Na realidade não “fechámos” o círculo por completo porque em vez de regressar à capital iniciamos a nossa descida par o sul da ilha através da Ring Road (estrada do anel que dá a volta por completa ao país).

De manhã bem cedo e após o pequeno-almoço saímos do hotel na capital islandesa para nos dirigirmos ao Círculo dourado tendo como destino final a bela cidade de Vik no sul da Islândia. O dia foi riquíssimo em termos de paisagens, percorrendo algumas das mais emblemáticas cascatas da Islândia.

Ainda durante a nossa primeira parte do percurso fomos parando aqui e ali, para tirarmos umas fotos e apreciarmos a beleza deste país. Cascatas que rompiam dos penhascos, rios que navegavam por entre o cinzento das pedras, pequenas aldeias rurais que preparavam os terrenos para a agricultura sazonal, cavalos islandeses que pontapeavam o ar.

Parque Nacional Þingvellir

Chegámos ao fim de algum tempo ao Parque Nacional Þingvellir, este parque nacional detém uma série de falhas geológicas, incluindo o Vale de Almannagjá. Aqui, devido à localização das placas tectónicas, estamos a caminhar entre dois continentes. As placas não estão estáticas, e estão-se a afastar uma da outra a uma estimativa de cerca de 5 mm por ano.

20240422_100238.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

Para quem for amante de natureza e trekkings este será o lugar perfeito, e para os restantes como nós também.

Estacionámos o carro (atenção que as atrações naturais das Islândia são gratuitas na maioria mas os estacionamentos são pagos e são entre 750 a 1000 coroas islandesas, mais ou menos 7 euros) e caminhámos ao longo do Vale de Almannagjá, descemos até à Þingvallakirkjá (Thingvallakirkjá), uma das primeiras igrejas islandesas. Foi a primeira igreja erguida em território islandês, construída por iniciativa do rei noruego Olaf II, o Santo. Este, depois da cristianização do país no ano 1000, enviou à Islândia materiais e até um sino para ajudar na construção da Thingvallakirkja. No entanto, a que hoje em dia podemos visitar foi construído no ano 1859, já que a anterior não resistiu à passagem do tempo.

Um pouco mais à frente, seguindo um trilho muito fácil de percorrer, encontramos o rio Öxará, que nos levou até à cascata Öxarárfoss. A cascata tem cerca de 20 metros e é cercada por basalto escuro. Embora não seja das cascatas mais impressionantes da Islândia, o contraste da água com o basalto é inesquecível e além disso fomos brindados com um lindo arco-íris a percorrer toda a envolvência. A combinação da geologia única e da paisagem natural do Parque Nacional Þingvellir fazem dele um local realmente especial para amantes de natureza.

Ao atravessar Almannagjá, chama a atenção ver uma bandeira içada no meio de um monte de rochas. É exatamente aí, em Lögberg ("a rocha da lei"), onde se ergueu o primeiro parlamento islandês. Embora hoje não se conserve nada do edifício, é impressionante visitar o lugar que marcou o nascimento da nação islandesa.

Continuámos o nosso itinerário, e como a nossa viagem seria longa tentamos não desperdiçar um segundo mas aproveitar ao máximo todos os locais por onde íamos passando. Sendo que o destino principal que se seguiu está no nosso imaginário desde criança e que vimos milhares de imagens nos nossos livros escolares de ciências da natureza.

Geysir

Ao longo do vale Haukadalur, fica uma das áreas com maior atividade geotérmica em toda a Islândia, conhecida como Geysir pelo geiser homónimo. No entanto, esse grande geiser está inativo há algum tempo por causa de deslizamentos de terra internos em seus túneis e do arremesso de objetos e pedras por alguns visitantes. Desta forma, atualmente em Geysir o geiser que mais se destaca é o Strokkur, pois lança jatos de vapor e água a 90 graus a cada seis ou dez minutos, aproximadamente. O gêiser Strokkur encantou-nos com as suas erupções de até 30 metros de altura.

E a viagem continuou por mais uns bons quilómetros até à Cascata que mais nos impressionou devido à sua dimensão e caudal de água.

Gulfoss

Localizada no extremo leste do Círculo Dourado, Gullfoss é considerada como a cascata mais famosa da Islândia. Além de fazer parte dessa popular rota turística, Gullfoss conquistou turistas e islandeses pela força que ostenta as suas quedas de água e a impressionante paisagem que elas formam tanto no inverno quanto no verão. A Queda de água é composta por duas cascatas que transportam uma média de 109 metros cúbicos de água por segundo.

20240422_132751.jpg

A primeiro, na parte mais alta das cataratas, mede aproximadamente 11 metros. Depois de cair aqui, a água encontra outro salto ainda maior: a segunda cascata de Gullfoss mede 20 metros, ou seja: no total, ambas somam 31 metros de altura.

Traduzindo o nome literalmente significa "cascata de ouro", para a qual existem várias teorias e lendas. A primeira afirma que a origem do nome se deve à luz dourada que refletem as suas águas durante o pôr do sol. Por outro lado, outra hipótese afirma que é conhecida como "cascata de ouro" pelo arco-íris que se forma quando a luz do sol passa através das partículas de água que estão suspensas no ar em suas quedas de água. A terceira explicação possível, de caráter mais lendário, afirma que, há muitos anos, vivia na zona um agricultor chamado Gýgur, um homem que, ao longo dos anos, ganhou uma enorme quantidade de ouro. Gýgur, em vez de desfrutar da sua riqueza, preocupava-se constantemente com o que aconteceria com seu ouro quando ele morresse... Como não suportava a ideia de que alguém pudesse roubá-lo uma vez morto, ele colocou-o num baú e lançou-o nas profundezas da cascata.

Estará ainda escondido aqui o tesouro de Gýgur?  Nós não o encontrámos, mas encontrámos este tesoura paisagístico e natural sem palavras.

Pé no acelerador e rumo ao sul pelo Círculo dourado em direção ao próximo ponto de interesse, que apesar de não estra marcado na maioria dos roteiro, acho que é digno de ser visitado.

Catedral Skálholt

Skálholt é um monumento situado no sul do país, entre os rios Hvítá e Brúará. Foi a primeira sede episcopal da Islândia, fundada em 1056, até ser transferida para a capitalem 1796. Apesar de isolada no meio de montes e planícies, e apenas com uma pequena povoação perto a sua importância era enorme. Neste dia preparavam o sue interior para um concerto de 25 Abril (Dia Nacional de Primeiro Dia de Verão).

20240422_113639.jpg

A hora de almoço já tinha passado e íamos enganando a fome com uma bolacha ou um quadradinho de chocolate islandês. Até que surge uma pequena aldeia rural com uma estação de serviço. Parecia que estávamos um qualquer drive in dos EUA, mas aqui em vez de hambúrgueres o prato nacional ganhava peso Pylsa, que basicamente são cachorros quentes com cebola frita. Depois de nos degustarmos com este fast food islandês seguimos viagem até a um dos ex-libris do Circulo Dourado.

Kerid

Uma das principais características da geogrfaia da Islândia é a sua incessante atividade vulcânica, e Kerid é um excelente exemplo disso. A cratera, localizada em uma região vulcânica conhecida como Tjarnarhólar, foi formada há 6.500 anos, o que a torna uma paisagem vulcânica relativamente jovem. Graças a isso, a forma oval da cratera foi perfeitamente mantida e é um dos lugares mais fotogênicos do sudoeste da Islândia.

20240422_154750.jpg

É realmente surpreendente, tanto ao redor da cratera como ao descer, o intenso contraste de cores gerado pelo azul turquesa do lago e pela cor avermelhada da terra das suas paredes. Graças às trilhas adaptadas ao turismo, é possível descer ao lago da cratera Kerid, que atinge 14 metros de profundidade. No inverno, congela completamente, enquanto no verão derrete e parece o lugar perfeito para dar um mergulho único... Mas não é possível, pois é estritamente proibido tomar banho. Nós tivemos a sorte de apanhar o lago semi congelado e observar os dois pontos estados.

A nossa última paragem antes da cidade Vik, onde iremos pernoitar foi a pequena e engraçada cidade de Selfoss na parte sul, junto ao rio Ölfusá. Tem cerca de 6 512 habitantes, e pertence à Comuna de Árborg. Esta pequena paragem serviu para beber um café e preparar-nos para mais 130km.

Ao chegarmos a Vik, cidade do sul da Islândia, fomos diretos ao hotel para fazer o check in e deixar a bagagem. O hotel escolhido foi o Hotel Búrfell em Steig, Vík , uma quinta de cavalos e ovelhas situada no sopé de uma montanha a uns 10km’s de distância da cidade. Fomos simpaticamente recebidos pela família que gere o pequeno e confortável hotel.

Depois de conhecermos os cantos á casa, fomos até Vik para conhecer a cidade mas estávamos tão cansados e o vento forte e gélido era tanto que decidimos mudar os planos e ir jantar num dos melhores restaurantes da cidade: Smiðjan Brugghús. Apesar de caro (não nos esquecemos que estamos num dos países mais caros do mundo) foi delicioso.

No final da noite regressámos ao hotel.

Dia 1 A Caminho de Reykjavik  

capa 1.jpg

 

A Islândia é um pais nordico insular situado no Oceano Atlântico Norte . O seu território abrange a ilha homónima e algumas pequenas ilhas no oceano Atlântico, localizadas entre a Europa Continental  e a Gronelândia. O país tem uma população de 360 mil habitantes em uma área de cerca de 103 mil quilômetros quadrados. A sua capital e maior cidade é Reiquiavique , cuja área metropolitana abriga cerca de dois terços da população nacional. Devido à sua localização na falha meso atlântica, a Islândia tem uma grande atividade vulcânica e um importância geotérmica, o que afeta muito a sua paisagem. O interior é constituído principalmente por um planalto caracterizado por campos de areia, gravilha e gelo. Aquecida pela corrente do golfo, a Islândia tem um clima temperado em relação à sua latitude e oferece um ambiente habitável.

Escolhemos esta altura do ano (final de Abril) para realizar esta viagem tendo em conta os dias intermináveis de Luz do sol e além disso do aumento das temperaturas (apesar de baixas ainda) e da diminuição da neve. E a verdade é que tivemos imensa sorte, todos os dias de um céu lindo e azul a contrastar com a neve e gelo que ainda habitavam nas partes altas das montanhas.

No primeiro dia de viagem decidimos percorrer a península de Reyjanes, onde fica situado o aeroporto e o caminho até à capital. Como os dias são longos aproveitámos para conhecer logo alguns locais de Reiquiavique e ao seu redor.

Assim que aterrámos e saímos a porta do aeroporto um frio e vento gélido obrigou-nos a vestir os casacos. Apanhámos logo o shuttle gratuito do aeroporto até ao terminal de aluguer de carros. Sim alugámos um pequeno Kia Picanto que nos vai permitir desbravar parte desta ilha e a preços acessíveis. O aluguer foi totalmente feito online através da empresa Blue Lagoon car rental (fizemos a reserva com seguro acidentes e atenção pois na Islândia é mesmo necessário até pelas muitas coberturas que não existem noutro país como Vento, Cinzas vulcânicas e gravilha).

Já ao volante do nosso carro e bem cedo decidimos partir em busca de um dos ex libris da ilha: a Lagoa Azul, conhecida mundialmente pelas suas piscinas termais.

Blue Lagoon, Piscina Termal mais famosa do mundo. Onde nos poderemos deliciar nas quentes águas naturais. O preço inclui toalha, bebida, mascara esfoliante e tem o preço de cerca de 85€ por pessoa. Na minha opinião se procuras realmente um spot turístico este é o local, mas na

blue lagoon.jpg

minha opinião é caro demais para o que oferece. Principalmente porque posteriormente conheci outras piscinas mágicas. Se viajares na época alta (Junho a Setembro) é aconselhável reservares com antecedência. No nosso caso, chegámos comprámos bilhete e usufruímos, até porque a atividade vulcânica recente poderia não nos permitir visitar.

A seguir a relaxar do cansaço do dia de passeio anterior pela cidade de Manchester e quase sem dormir, decidimos retomar caminho para o sul da península. No entanto e como já suspeitávamos os nossos planos tiveram de ser alterados porque ainda há duas semanas atrás a erupção vulcânica lavrou as estradas e isolou a cidade de Grindavik. Assim tivemos de continuar caminho mas para quem conseguir visite esta cidade.

Grindavík é uma pequena cidade piscatória na península de Reykjanes, localizada na costa sudoeste da Islândia. Pertence ao município de Grindavíkurbær, na região de Suðurnes. É uma das poucas cidades com porto na sua costa. Nesta cidade destacamos: Kvikan – museu do peixe salgado e o Templo Viking.

A hora já era de almoço mas como queríamos desbravar o mais possível parámos mesmo numa pizza hut ali próxima, devoramos uma pizza , abastecemos o carro com alguns snacks e água para os dias que se avizinhavam (para quê? Pois a quem vai percorrer o sul da Islândia vai estar muitos km’s sem ver povoações com alternativas para almoçar ou lanchar. Estes alimentos permitiram-nos não estar preocupados com isso e sempre que a fome chegava, podíamos parar num dos muitos pontos de descanso e almoçar encostados a uma praia, a uma montanha ou um glaciar, mas falarei melhor sobre isso num post dedicado especificamente aos sabores da Islândia)

A viagem continuou estrada fora até ao sul da península, mais propriamente até Thorlakshofn.

thork.jpg

Thorlakshofn é uma pequena aldeia no sul da Islândia. Destacamos nesta aldeia o Farol de Hafnanrnes, e o monumento de Koma Auðar djúpúðgu.

Continuamos um pouco mais até à pequena aldeia de Stokkseyri.

Stokkseyri é uma pequena aldeia no sul da Islândia, com uma população de cerca de 528 habitantes. Destacamos o pequeno museu a céu aberto – Þuríðarbúð. Na Proximidade desta aldeia encontramos também o imponente Farol Knarrarosviti.

Invertemos a marcha e dirigimo-nos até à capital do país. Antes de entrar propriamente dito na cidade visitamos ainda o Museu Folclórico Árbaer.

 Árbaer é um museu ao ar livre. É uma espécie de cápsula do tempo nos arredores da cidade. A atmosfera deste lugar consegue transportar-nos para séculos anteriores , graças à cuidadosa recreação de casas, fazendas, oficinas e até igrejas da Islândia dos séculos XIX e XX. 

Em todo o extenso museu, localizado em uma antiga quinta, podemos visitar cerca de  trinta pontos de interesse. Nas casas, oficinas ou igrejas, estão expostos objetos antigos, como louças ou ferramentas, todos com explicações em painéis de informações que ajudam a entender como os islandeses viviam nos séculos XIX e XX.

arbaer mario.jpg

Depois da visita decidimos dirigirmo-nos ao hotel para deixar bagagem, estacionar o carro e percorrer a pé a capital (atenção ao estacionamento que maioritariamente é pago).

E assim fizemos, escolhemos o 22 Hill Hotel em Brautarholt, que fica a cerca de 1.5km’s a pé do centro da cidade.

Logo neste dia conhecemos alguns dos monumentos míticos da capital como a Catedral, o Sol do Viajante, a Harpa ou o Porto Antigo. Mas falo mais sobre os mesmos no dia dedicado à capital.

Depois de um Fish and ships, super típico por estas bandas voltámos ainda de dia (sim às 23H30 ainda era dia feito) ao hotel para dormir e prepararmo-nos para o dia que se avizinhava.

 

reyjavik 2.jpg