A história da Islândia
Um dos últimos países a ser formado geologicamente e provavelmente a ser habitado.
A origem da humanidade na Islândia não é certa, mas acredita-se mediante livros europeus que o primeiro habitante desta ilha tenha sido o explorador grego Píteas, por volta do seculo III AC que relata uma viagem a uma ilha a 6 dias do Norte da Grã Bretanha. Seria?
Existe um interregno de quase 1000 anos até a Islândia ser relatada novamente em escritos desta vez por monges irlandeses, que fugidos da invasão viking no século VII descrevem o seu refugio como uma ilha que durante o Inverno não há luz, e que durante o Verão o sol não se escondia. Seria referencia à Islândia?
A realidade é que no século IX, chegaram à costa islandesa os primeiros homens viking, fugidos de uma crise económica e social da Noruega. Os primeiros a chegar, provavelmente aleatoriamente, pois esta ilha não fazia parte do seu plano de navegação, estavam sobre comando de Flóki Vilgerdarson que denominou a ilha de terra do Gelo – Island.
Apenas no ano de 871 se estabeleceram as primeiras aldeias, e só 3 anos depois Ingólfur Arnarson e o seu irmão Hjörleifur chegaram a Reykjavik, que significa Baía Fumegante, inspirada nas muitas fontes termais e geysers.
Com o aumento da população houve necessidade de se unirem a nível nacional de forma a poderem deliberar sobre os problemas quotidianos dos cidadãos. Foi assim que em 930 D.C, foi inaugurado no Parque Nacional Thingvellir o “Althing”, o primeiro Parlamento islandês. O primeiro chefe islandês foi Thorstein Ingolfsson.
Com o crescimento da população viking e também cristã, no ano 1000, o parlamento teve de deliberar sobre que religião seria a optada pela Islândia. O cristianismo passou a ser a religião oficial do país, mas todas as religiões seriam aceites e possíveis de ser adoradas. O que faz com que a Islândia tivesse sido um dos primeiros países com liberdade religiosa.
Durante os 3 séculos seguintes, a Islândia mergulhou num período negro e dificuldades com diversas guerrilhas internas, saques a fazendas e aldeias e problemas socais. Foram estes os motivos principais para que em 1281, o rei Hákon Hákonarson da Noruega ocupasse a Islândia e a tornasse seu território – União Kamar.
A anexação da Islândia durou até ao século XIX quando impulsionados por outros movimentos europeus se voltasse a sentir um enorme sentimento nacionalista. Assim em 1874, Jón Sigurdson elabora uma constituição nacional que permite que o país recupere o controlo sobre algumas questões internas.
Ao longo de todos estes séculos desde a anexação norueguesa, a Islândia nunca foi capaz de se autodeterminar muito porque viveu quase sempre com problemas financeiros, erupções vulcânicas destruidoras, peste negra e doenças veterinárias e pestes agrícolas que fizeram com que a sua dependência ao reino fosse obrigatória.
É em 1914, com a primeira guerra mundial que a Islândia recupera financeiramente com a exportação de bens como carne, peixe e lã para a europa que estava a necessitar. Não é assim por acaso que em 1918 a Islândia se torna uma província independente da Noruega, e que durante um processo que terminou apenas a 17 de junho de 1944 com a Proclamação da Independência.
Após a independência, o país continua a viver problemas principalmente devido à sua posição geoestratégica para os dois polos da Guerra Fria. E nos anos 50 a 70 vive uma Guerra económica com o reino unido, conhecida pela Guerra do Bacalhau, muito devido aos limites de pesca britânica estabelecidos nas suas águas.
Desde essa data que a Islândia cresceu economicamente, apesar de em 2008 sofrer uma das maiores crises económicas e politicas, mas que já recuperou e é hoje uma das economias mais bem sucedidas do mundo.